Manifesto #LiberdadeParaFalilatou

No dia 9 de agosto de 2023, ignorando as provas juntadas pela defesa no processo, a 2ª Vara Judicial de Martinópolis decidiu condenar Falilatou a 11 anos de prisão.

A injusta e absurda condenação da refugiada está mobilizando entidades de direitos humanos, movimentos sociais, coletivos, pesquisadores e parlamentares, que denunciam que a refugiada está sendo vítima de um golpe em que a sua assinatura foi falsificada para abrir contas bancárias e movimentar valores milionários sem o seu conhecimento. 

Falilatou é mulher, mãe, negra, refugiada do Togo (África), trabalhadora ambulante, analfabeta e com pouco domínio do português falado.

Desde 2014 no Brasil, Falilatou Estelle Sarouna trabalha com a venda de roupas no bairro do Brás, em São Paulo, para o seu próprio sustento e do seu filho. Em dezembro de 2020, porém, Falilatou foi detida por conta da Operação Anteros, que desarticulou uma organização criminosa que atuaria em golpes financeiros online. Conhecida como uma das operações policiais que prendeu o maior número de pessoas em um mesmo processo na história do Brasil, o processo judicial corre em uma vara da primeira instância de Martinópolis, cidade no estado de São Paulo quase divisa com o Paraná e que sequer possui Defensoria Pública. Segundo a reportagem da Folha de São Paulo, são 210 pessoas acusadas, 140 são mulheres, que vêm de países como Angola, África do Sul, Haiti, Tailândia e Venezuela. De acordo com o Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC), as mulheres estão sendo acusadas de serem correntistas e existem evidências no processo de uma série de violações no acesso ao direito de defesa.

Dentre as acusadas, está Falilatou. Embora seja analfabeta, a única prova apresentada contra a trabalhadora togolesa foi uma assinatura em letra cursiva para a abertura de diversas contas bancárias em seu nome.

Em razão dessa acusação, mesmo sem antecedentes criminais, ela chegou a ser presa no auge da pandemia da Covid-19 na Penitenciária Feminina da Capital (PFC) no antigo Carandiru em São Paulo. Falilatou conta que no dia da operação, ela própria se apresentou à polícia. Ao chegar em casa e ver que a porta havia sido arrombada, foi a uma delegacia abrir boletim de ocorrência, achando que havia sido furtada. Chegando lá, descobriu que a polícia havia entrado em sua casa para cumprir o mandado de prisão. E foi detida ali.

Após a organização da campanha #LiberdadeParaFalilatou e com a visibilidade nos principais canais de comunicação, a justiça permitiu que ela respondesse em liberdade após seis meses detida, período em que teve sua saúde debilitada.

Porém, neste momento, em razão da sentença, Falilatou está correndo o risco de cumprir 11 anos de prisão por um crime que não cometeu. O processo é eivado de arbitrariedades e violações de direitos previstos na Constituição Federal, no Estatuto dos Refugiados (Lei nº 9.474/1997) e na Lei de Migração (Lei nº 13.445/2017).

Exigimos à Justiça que acolha os recursos e os pedidos de absolvição de Falilatou!

A justiça brasileira deve reconhecer imediatamente que Falilatou está sendo vítima de um golpe que falsificou seus documentos. Seu direito de defesa deve ser amplamente garantido, inclusive com a produção de uma perícia grafotécnica. 

Faça parte dessa rede de solidariedade por justiça antirracista:

- Basta de racismo e xenofobia no Judiciário! 

- Contra a política de encarceramento em massa!

- Contra a criminalização da migração e da pobreza!

Para se somar nessa luta, inclua o nome da sua organização, coletivo ou movimento nesse manifesto, que será encaminhado aos Tribunais e à imprensa. 

Justiça e Reparação para Falilatou!

Apoie a vakinha emergencial para ajudar Falilatou e seu filho neste momento em que ela está iniciando um tratamento de saúde e com dificuldades para trabalhar no mesmo ritmo e manter despesas básicas, como alimentação.

CHAVE PIX: FALILIVRE@GMAIL.COM (em nome de Gnazebo Chantal)

#LiberdadeParaFalilatou #VidasImigrantesNegrasImportam


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#LiberdadeParaFalilatou #FalilatouLivre #VidasNegrasImportam
ENTIDADES SIGNATÁRIAS DO MANIFESTO:
Agentes de Pastoral Negros ( APNs)
Amparar
Associação dos Togoleses no Brasil
Assembleia Popular na Cinelândia
Associação Quilombola de Helvécia
Associação de Promotoras Legais Populares Cida da Terra Campinas e região
Associação de Mulheres da Economia Solidária de São Paulo - MMM Amesol

Bancada Feminista do PSOL
Bibliaspa

Central de Movimentos Populares
Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora (CECAFRO/PUC-SP)
Centro de Cidadania, Defesa dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social “Dorothy Stang”
Centro de Direitos Humanos Gaspar Garcia
Centro de Direitos Humanos de Sapopemba
Coletivo aBertha
Coletivo de Mulheres Negras Lélia Gonzalez
COLETIVO DEMOCRACIA CORINTHIANA
Comissão Justiça e Paz de São Paulo
CERAM - Comitê Estadual de Atenção a Refugiados, Apátridas e Migrantes do Rio Grande do Norte
CSP-Conlutas
CUT Nacional
CUT DF

Diaspotics/URJ
Diretório Municipal PT Diadema
Doctela

Educafro-Educação para negres e pobres

Frente Estadual pelo Desencarceramento
Frente em Defesa do Povo Palestino
Fórum dos Ambulantes
Fórum das Comunidades Negras e Rurais de Antônio Cardoso, Bahia
Fórum Internacional Fontié ki Kwaze - Fronteiras Cruzadas
Fórum de Mulheres em Luta da UFPB
Fórum Popular de Saúde

Geledés Instituto da Mulher 3
Grupo Cidade e Trabalho

Instituto Missionário Mãe dos Pobres
Instituto nacional de pesquisa e promoção de direitos humanos - Ippdh
Instituto Terra, Trabalho e Cidadania – ITTC

@liberdadesnegrasimportam

Justiça Global

Mandela Free
Movimento Antirracista Dandara
Movimento Independente das Mães de Maio
Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe
Movimento Negro Unificado (MNU)
MUDE- Coletivo Professores Estadual/SP.

Negras Empoderadas
NOSMULHERES-UFPA
Núcleo Menos 1 Invisível

Observatório da Violência Policial (PUC-SP)
Orquestra Mundana Refugi

Pastoral Fé e Política da Diocese de Campo Limpo
ProMigra - Projeto de Promoção dos Direitos de Migrantes (FD-USP)
Promotoras Legais Populares de Peruíbe

Rede de Assistentes Sociais pelo Direito de Decidir
Rede de Cuidados em Saúde para Imigrantes e Refugiados
Rede Emancipa de Cursinhos Populares
RUA Juventude Anticapitalista

Sarau Comics Edition
Setorial de Mulheres Feministas Ecossocialistas do PSOL
SISPESP- Sindicato dos Servidores Publicos do Estado de SÃO PAULO

União Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Camelôs - Unicab

Mandato do Vereador Eduardo Suplicy.
Mandata Quilombo da Deputada Estadual Erica Malunguinho
Mandata da Bancada Feminista
Mandato da Vereadora Juliana Cardoso.
Mandato da Vereadora Luana Alves.
CoDeputada Estadual Monica Seixas.
Mandato da Deputada Federal Natália Bonavides.
Mandato da Deputada Federal Sâmia Bomfim.

Conselheira eleita pela sociedade civil no Conselho de Políticas Culturais de Campinas-SP
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